terça-feira, 23 de outubro de 2007

I.n.y.m - Porque democracia?

Saudações

Esses dias eu tava assistindo Tv. (sim!)
Zapeando pelos canais passei pela Canal Futura (que digasse de passagem não é revista mas é Super Interessante.) Quando me deparei com a seguinte Questão:

- Porque Democracia?

eis a resposta:

enjoy!


No último dia 5 deste mês, a Constituição brasileira de 1988, completou dezoito anos de vigência. É uma dada importante, pois digamos que tenha alcançado sua maioridade em alguns aspectos. Entretanto, noutros vive a inocência da infância ou ainda inconstância da adolescência. Sem embargo, a atual Constituição brasileira se institui num marco para marcha democrática. A partir dela, nota-se bem a distinção da fase autoritária, maculada pelo obscurantismo do poder, da fase democrática, que exige transparência no trato da coisa pública.
A Constituição de 1988 sucedeu ao engodo sócio-econômico e político próprio do fim do regime militar. Por isso, em sua gênese trouxe vícios daquele regime, notadamente, no aspecto da concentração do poder. No nível federal, o Poder Executivo dispõe de múltiplos mecanismos para controlar a agenda política. Observa-se a preponderância legislativa do Executivo, a despeito de ser função precípua do Poder Legislativo. Na ditadura, as ideologias se imprensavam em duas siglas partidárias, MDB e Arena, que ficavam sob o olhar acurado do comando militar. Tal fato obstava a livre atuação do legislativo. Com o processo de abertura política se retorna ao pluripartidarismo, mas a maioria dos partidos que surgiram eram fracos e inconstantes ideologicamente. Assim, o legislativo adquiriu caráter eminentemente multifacetado e de fácil cooptação pelo Poder Executivo.
Por causa disso, o sistema político brasileiro pode ser delineado da seguinte forma: a atrofia deliberada do Poder Legislativo corresponde à hipertrofia arbitrária do Poder Executivo, no qual a degenerescência de um acarreta o avultamento do outro. Nestas condições é difícil obter consenso, haja vista o embate constante de interesses heterogêneos. No entanto, a esdrúxula concentração de poder no executivo se configura como contumaz artifício de governabilidade. A principal conseqüência disso é a luta desordenada entre os poderes, onde sobrelevam a compra de votos, troca de cargos, sinecuras, propinas etc. Assim surge toda corrupção no âmbito público, que nada mais é que a busca desenfreada de se firmar no poder, de governar a todo custo. A Carta de 1988, lamentavelmente, não aboliu tal mazela. Destarte, os atos ilícitos praticados no poder público, justamente por aqueles que deveriam zelar, isto é, os representantes do povo, são distorções do sistema político brasileiro, o qual não pune severamente a corrupção. Aqui reside um dos aspectos pelo qual a atual Constituição vive a inconstância da adolescência.
A Constituição preceitua: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Contudo, será que o povo brasileiro se considera proprietário deste poder? O povo acompanha atônito pelos meios de comunicação um bailar de figuras no poder público fazendo tudo ao seu bel-prazer. Logo, questiona-se que poder é esse que se diz do povo, mas serve grandemente aos interesses da própria classe política? Ora, o povo, em sua douta simplicidade conclui que este poder não lhe pertence, porque observa toda espécie de usurpação do dinheiro público, enquanto carece da presença do Estado para abrandar suas necessidades imediatas, como falta de emprego, segurança, saúde e educação. O povo brasileiro amarga as idiossincrasias do sistema político, sobretudo, carece de canais de participação a despeito do voto. Neste aspecto, a Constituição de 1988 apenas engatinha. Vive a inocência da infância, visto que é introvertida na edificação de salutar consciência política, a qual efetivamente concederia ao povo elementos para o exercício do poder.
Nada obstante, a Constituição cidadã também é adulta, pois vem erigindo as bases do Estado democrático. A democracia é pedra-angular para o desenvolvimento de qualquer sociedade plural, onde o poder público vise tão-somente o bem comum. Trata-se de regime político caracterizado pela transparência na condução poder público. Por isso, presencia-se ultimamente o espalhafato da corrupção. Aliás, a democracia não pactua com a corrupção, logo traz à tona todo tipo de atitudes ilícitas praticadas nos bastidores do poder.
Enfim, a Constituição de 1988 prescreveu o regime democrático, mas hoje é a própria democracia que a direciona. É a consolidação democrática que vem sanando as deficiências do sistema político brasileiro e que por fim concederá à Carta Magna sua definitiva maioridade. Portanto, a valoração da democracia se constitui num virtuoso caminho para construção de uma nação melhor, sobretudo, para formação de cidadãos politicamente conscientes. Eis o porquê da democracia!

Alexandre Pereira Rocha é cientista político.
Mestre em ciência política (UnB).

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Ai.... Ai.... O abominavél vício (Adriana Falcão)

Jonas Fellipe diz:

Sagá: Obrigado pela aula de Direito! Mas eu peguei essa crônica de um recorte de revista no cursinho e fiz alterações contundentes! (digitei e passei pro masculino) o que não caracteriza violação dos direitos autorais. (Mandei um e-mail pra veja e perguntei)

witz: Ohhh meu maninho! Eu não roubei a autoria! o texto original se chama "O abominável Vício" de Adriana Falcão!

Eu achei interresante e postei no blog.

Jonas Fellipe.

i'm not your monkey diz:

Que tipo de gente acha que Jonas é menino o suficiente pra roubar um texto que saiu na veja?

Saibam ó pseudocults de plantão que eu vieram 17 comentários elogiando a cronica. o que eu fiz? agradeci e mandei o link (que eu peguei graças a sagá)

de qualquer forma eu (i.n.y.m.) vou Postar as crônicas de Verrísimo aqui (E não vão achar que foi Jonas Fellipe que escreveu!)


Direitos autorais dão cadeia? eu não sou seu macaco pra ir pra jaula tão cedo. (ãnh,ãnh? pegou o trocadilho?)


i'm not your monkey

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O mundo de Fellipe - Segunda Premissa

...de volta ao mundo de Fellipe silva e silva (ou Santiago) onde tuuuudoooo pode acontecer!

como eu citei na postagem anterior, vou postar minha primeira crônica aqui no blog.

enjoy!

Parei de Fumar! (ou não)

Parei de fumar. Definitivamente. Preciso só acender um cigarro para me acostumar definitivamente com a idéia. Também não dá para parar de fumar, assim, sem fumar nem um cigarro antes. E outro depois. Outro depois nada. Só vou fumar mais este e acabou-se. O último cigarro da minha vida. Nunca mais haverá outro. Nunca mais, juro pela minha dignidade, pegarei da mesa, com a mão esquerda, o maço reluzente. Nunca mais abrirei, com a mão direita, a deslizante tampa "flip open box". Never more as palavras "premium blend" escritas em fina tipologia dourada. Nunca mais olharei os cigarros enfileirados, por um instante, à procura daquele que parece mais atraente. Nunca mais tirarei o escolhido do maço, usando o polegar, o indicador e o dedo médio da mão direita, fazendo-o escorregar pelo fino papel laminado como um seixo escorregando docemente pelo leito caudaloso de um rio. Lá venho eu com poesia barata só para causar comoção. Comportamento típico de quem quer se fazer de vítima. Até porque eu nunca vi um seixo escorregando docemente pelo leito caudaloso de um rio e, mesmo que tivesse visto, não ligaria a mínima para ele, a não ser que pudesse fumá-lo. Volto ao meu último cigarro. Primeiro o acariciarei suavemente, então tomarei na palma da mão o isqueiro, cadê o isqueiro?, perdi, deve estar atrás do sofá, não está, haverá algum lugar para onde vão os isqueiros perdidos?, embaixo da almofada?, achei, atenção, é agora. O dispositivo acionado libera o gás com um quase inaudível click, a chama se acende, e eis que chega o começo do fim. O primeiro trago no último cigarro da minha vida. Por que não descobrem que brócolis faz mal e cigarro faz bem? Provavelmente porque brócolis faz bem e cigarro faz mal. Assim que eu acabar esse cigarro, vou correndo comer brócolis. Mas antes vou aproveitar cada tragada. O ritual do último cigarro é tão triste que deveria apagar os pecados do fumante, junto com as manchas nos seus pulmões, tornando o novo ex-fumante uma pessoa digna desta vida, até que ele viesse a morrer atropelado, ou de bala perdida, qualquer morte que nada tivesse a ver com o seu torpe passado. Moribundo ainda, enquanto a foice da malvada começasse a ceifar sua saudável existência, o ex-fumante comemoraria orgulhosamente: morri, sim, mas de cigarro é que não foi! Mais um trago e o papel vai virando cinza, anunciando de uma vez só duas tragédias. Primeira: estes 7 ou 8 centímetros fumados já estão devidamente instalados nos meus bronquíolos, lesando-os destrutivamente. Segunda: o cigarro já está quase no meio. A rubra brasa pede, aflita, "me fume logo", e eu obedeço, sucumbindo aos poderes do mal. Um trago mais profundo e me despeço do maço prestes a ser abandonado. "Não existem níveis seguros para o consumo destas substâncias." E haverá, ó Deus, níveis seguros para viver, com ou sem cigarro, neste mundo cruel e violento? Agora eu já comecei a fazer drama demais. Deus não tem nada a ver com isso. A conversa aqui é entre mim, os meus pulmões e o meu maço prestes a ser abandonado. Se Deus quisesse que o homem fumasse teria criado uma árvore que daria cigarros, como outras dão maçãs. Se bem que o tabaco é uma erva, e não foi Deus quem criou as ervas? Criou. Que seja. Mas Ele não mandou ninguém arrancar as ervas e enrolar em papel cheio de pólvora para estourar a saúde da humanidade. E além do mais está escrito aqui: "Este produto contém 4.700 substâncias tóxicas e nicotina, que causam dependência física e psíquica", e não foi Deus quem criou as substâncias tóxicas. E, se tivesse criado, elas não seriam 4.700 exatamente, pois Deus tem mais o que fazer do que ficar contando substância tóxica até chegar a um número tão redondo. O último trago. Adeus. Acabo de virar uma ex-fumante. E prometo, como tal, execrar o abominável vício. Farei campanhas antitabagistas. Participarei da Corrida de São Silvestre carregando bandeiras, se bem que se eu carregar bandeiras, com o pouco fôlego que tenho, chegarei em último lugar, se não morrer asfixiado no meio do caminho. Essa hipótese de morrer asfixiado já me deixou sem ar. Preciso urgentemente de um cigarro. Só mais um. Não vai ser um único cigarro que vai causar a minha morte. Um único cigarro também não é o fim do mundo. Os franceses, por exemplo, fumam muito, e Paris não se acabou por causa disso. Mas se acabará, meu caro. Pouco a pouco. Paris não se acaba em um dia, e o cigarro mata lentamente. Vai destruindo a pleura pulmonar, obstruindo as artérias, aumentando o volume dos espaços aéreos distais até que o enfisema se instale, ou, pior ainda, o câncer pulmonar, ou, quem sabe, um infarto agudo no miocárdio. Agora fiquei mais nervoso ainda. Vou fumar só mais este e então, juro pela minha dignidade, pararei definitivamente. Não seria ótimo parar de fumar definitivamente podendo fumar um cigarro atrás do outro para compensar a carência? Afinal, sem um cigarrinho tudo fica muito mais difícil. Parar de fumar, inclusive.

Jonas Fellipe.


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i'm not your monkey!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O Mundo de Fellipe - primeira premissa

Jonas Fellipe
- Fellipe é uma pessoa Jonas é outra...

...eu sofro de crise de identidade, mããããs a psicanálise tem me ajudado horrores.


O Jonas:
Jovem locutor de FM dono da célebre frase - " O moreninho de todas as moreninhas sem preconceitos com as branquinhas".
Um cara bem "Família" sabe? namora sério mas não pensa em casar tão cedo.
Atualmente mora com sua Vó Dona Alice na Bahia.
Faz uma imitação jóia do Silvio Santos e adora passar tardes (e noites) dormindo muito[...]

O Fellipe:
Ah! Esse sim precisa de atenção Poeta,Filósofo,Crônista e Pretencioso. (Jura? você reparou?)
passa manhãs inteiras escrevendo e tentando responder algumas perguntas que ele nem sabe se tem resposta.
Politicamente incorreto (...discutível) gosta de ler e de escrever, na leitura tem uma quedinha por Kant,Freud e Nietzsche.
Ele montou um paralelo no mínimo intrigante entre os 3.
Mas falemos mas dele (o Fellipe) e menos deles (Filósofos,Psicologos e assasinos...)
Fellipe é um fumante inveterado, o que álias é o tema da primeira crônicas postada aqui amanhã.

é dificil falar dele... mas com o tempo vocês o conhecem melhor.




ou não.

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